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Cabreúva

Música vira terapia em grupo criado pelo Caps

Terapia e música. Essa combinação tem animado as manhãs de quinta-feira no Centro de Atenção Psicossocial #Somos tão jovens, o Caps de Cabreúva. Desde que a unidade criou o grupo de música, há cerca de quatro meses, os pacientes se reúnem para ouvir suas canções preferidas, cantá-las e socializar. É uma terapia complementar, que tem ajudado no tratamento dos paciente. Mas longe do tradicional consultório médico: os encontros são na varanda da unidade.

 

E o som que emana dessa varanda durante a hora do encontro chama a atenção até de quem passa pela rua Renato de Barros Camargo. “O grupo é aberto, qualquer paciente atendido no Caps pode participar. Por isso escolhemos um lugar fora da casa. E até já aconteceu de pessoas que estavam passando aqui em frente ouvirem a música e entrarem na cantoria”, conta Talyta Guarnieri, terapeuta ocupacional e coordenadora do grupo.

 

Normalmente, o paciente Gustavo Salermo, com seu violão, é quem dá o tom aos encontros. “Ele conhece muita música. É raro ele não saber tocar alguma”, comenta Talyta. Mas quando Gustavo não está, uma caixinha de som e um celular resolvem.

 

O grupo de música, explica a terapeuta, é complementar ao tratamento. E voluntário. Basta chegar e participar. “O objetivo desses encontros é socializar, trocar ideias e refletir a partir da música”, explica Talyta. “A música é terapêutica. Através das letras, a gente consegue refletir, buscar lembranças do passado, provocar reações ao corpo.”

 

Durante o encontro, cada participante escolhe uma música para todos cantarem juntos. Depois, o grupo reflete sobre o significado da letra, qual mensagem e lembranças ela traz para cada um. E é inevitável: todos reagem de alguma forma.

 

Primeira paciente a se interessar pelo grupo, Daiane Lopes, de 34 anos, é fanática por música. De qualquer estilo. Mas principalmente daquelas que passam alguma mensagem. “Elas dizem muita coisa que a gente quer dizer e não sabe como falar”, reflete. “Quando venho no grupo, saio daqui melhor. Me ajuda a ocupar a mente com uma coisa boa.”

 

Outra assídua do grupo, Rosa Pavani, 51 anos, também costuma refletir sobre as mensagens que as músicas nos passam. “As letras falam das coisas da vida, falam de amor, de coisas bonitas. E isso faz bem pra gente.”

 

“Cantar ajuda a gente passar o dia melhor”, resume Hilário Jorge da Silva Neto, de 43 anos. Ele faz tratamento supervisionado. Vai todo dia ao Caps e participa de várias atividades. Mas tem um carinho especial por esse grupo. “A música faz parte da minha vida. Mostra que existe esperança para a gente sair dessa.”

 

Outros pacientes, como seo José Rodrigues, 65 anos, gostam da nostalgia de algumas canções. “Lembro da época em que eu era jovem”, contou, após ouvir a música “Bom rapaz”. “Lembrei do show do Vanderlei Cardoso, que fui quando morava no Espírito Santo. Essas lembranças me fazem muito bem.”

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