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Cabreúva

Com ajuda da Prefeitura, agricultor inova produção de leite

Orgulhoso em ser um pequeno produtor, Erico Kolya, do Sítio Sete Luas (que fica na Estrada Pé do Morro, no Cururu), produz com carinho e qualidade cinco tipos de queijos, além de vinho e azeite.

 

Em 2015, o empresário trocou o emprego em uma multinacional pela vida na fazenda, onde deu início à produção de queijos artesanais.

 

“Mas aqui o queijo veio antes do leite”, brinca. Isso porque, até dezembro de 2018, Erico não possuía uma única vaca em seu sítio e produzia os queijos Lua, Sol, Quina, Granito e Piá com os leites produzidos em um sítio vizinho.

 

Antes das primeiras vacas chegarem, Erico se dispôs a aprender bastante sobre a ‘mágica’ que faz as vacas transformarem capim em leite. “Produzir leite é, antes de tudo, produzir alimento para as vacas. Se o solo é saudável e o capim de qualidade, o leite será bom e o queijo melhor ainda”, explica.

 

Com a ajuda da Secretaria do Agronegócio da Prefeitura de Cabreúva, Erico conheceu o sistema de pasto rotacionado e, após estudar com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), implementou o sistema em seu sítio. Resultado: otimizou o pasto em 10 vezes.

 

Isso porque, normalmente, cada vaca precisa de um hectare de pasto. No sistema rotacionado, cada hectare comporta até 10 vacas. “Como nosso pasto não é tão grande, a área tem que ser o mais bem aproveitada possível e ter essa orientação foi fundamental”, garante.

 

Hoje, o rebanho do Sítio 7 Luas é composto por seis vacas lactantes, além de seis novilhas (as ‘mocinhas’ vão começar a produzir leite em 2021).

 

O produtor conta que teve muito trabalho para preparar seu sítio para a produção de leite. “Cortamos eucaliptos, destocamos, aramos, gradeamos e adubamos o pasto. Plantamos o capim, adubamos de novo, dividimos os piquetes, instalamos a bomba e a caixa d’água, montamos cercas e cochos...”, detalha.

 

“No sistema rotacionado do Erico, o hectare é dividido em 27 piquetes. As vacas vão passando de piquete em piquete, um por dia, se alimentando de diferentes tipos de capim. Quando chega ao último, o capim do primeiro já cresceu, o solo já se recuperou”, explica Alberto Micheletti, veterinário da Secretaria do Agronegócio.

 

E garante: “É um sistema que vale muito a pena, faz com que o produtor produza mais em menos espaço, prosperando seu negócio. Espero que mais produtores de Cabreúva sigam o exemplo do Erico!”

 

Atualmente, são processados 280 litros de leite por dia no Sítio 7 Luas: 80 deles, da produção própria. Erico garante que não pretende ser totalmente independente do vizinho produtor de leite e nem crescer desenfreadamente: “meu objetivo é processar 500 litros de leite por dia, mas sem perder a identidade de queijaria artesanal.”

 

Ele garante que estará de porteira aberta aos produtores que quiserem conhecer o sistema de pasto rotacionado. Além disso, aos fins de semana, o Sítio 7 Luas funciona como um café - das 11h às 17h. “Somos a última porteira da Estrada Pé do Morro e a visita não precisa ser agendada, é só chegar!”

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Autoria: Jaqueline Rosa

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